sábado, 19 de novembro de 2011

Governador Ricardo Coutinho estuda mudanças na estrutura da Receita após greve do Fisco


Nenhum conflito no governo Ricardo Coutinho acaba quando termina. Ao final da greve ou do impasse é que sobrevém a verdadeira alteração. Tudo na vida, sejam os erros ou os acertos, devem servir de lição para o que virá pela frente.
E para o governador Ricardo Coutinho essa parece ser a tônica principal de seu modo de governar: como ensina a música, nada do que foi será do jeito que já foi um dia.
Os conflitos tem forçado o governador a refletir sobre meios e caminhos que tirem o Estado, seja ele governador por quem quer que seja, das mãos das categorias em questão.
Foi assim quando entrou na queda de braço com os médicos. Desde o início até o fim do impasse, Ricardo Coutinho amadureceu uma ideia e a colocou, meses depois, em prática. A convocação da Cruz Vermelha para gerir o Trauma em João Pessoa foi gestada no momento em que Ricardo se viu refém dos médicos do hospital.
Não era promessa de campanha. Foi necessidade do gestor.
Não será diferente com o Fisco. Diante do abalo na arrecadação, na retenção de mercadorias, nos prejuízos no comércio por causa de uma paralisação de quase 50 dias, o governador descobriu que o Poder Executivo não pode mais ficar nas mãos dos agentes fiscais, como se a categoria fosse o único pulmão da Paraíba.
Não se trata de desmerecê-los. Mas de criar um mecanismo que o Estado não sofra tão intensamente como sofreu em caso de paralisações como a que foi registrada este ano.
O governador Ricardo Coutinho está estudando meios para alterar a atuação da Receita na Paraíba, assegurando ao Poder Executivo, esteja ele nas mãos de quem estiver, menos dependência em casos como o de uma greve geral do Fisco.
Essa mudança de concepção provoca – e provocará – insatisfeitos, críticas e ataques. Ricardo parece não se importar. Ao quebrar paradigmas, ele não espera elogios. Espera mais autonomia para o Poder Executivo.
Coisa que os futuros governadores, ao menos, não podem reclamar.

Fonte: Élison Silva com Luis Torres

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