Os Correios terão encontro com membros da Fentect (Federações Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios, Telégrafos e Similares) –representantes dos grevistas– na tarde desta quarta-feira para decidir os rumos da paralisação dos funcionários. Há expectativa de que a reunião ponha um fim à greve, que completou 15 dias.
Ontem (27), a empresa e os grevistas participaram de negociação, que durou cerca de seis horas, mas não houve consenso.
De acordo com nota publicada pelos Correios, foram feitos “exercícios financeiros” a partir de reajuste salarial e de benefícios em 6,87%, aumento real de R$ 50 e abono de R$ 800.
O impassse entre as partes ocorre porque os funcionários demandam reajuste de R$ 200, reposição inflacionária de 7,16% e piso salarial de R$ 1.635.
Segundo José Gonçalves de Almeida, diretor da Fentect, ainda não há consenso ou acordo preestabelecido para a reunião de hoje.
O presidente dos Correios, Wagner Pinheiro de Oliveira, afirmou na segunda-feira (26) que serão necessários três dias de trabalho para colocar em dia as entregas atrasadas pela greve dos funcionários.
A estimativa é que 95 milhões de objetos estejam com a entrega atrasada –o que corresponde a 35% do total acumulado. No último fim de semana foi realizado um mutirão para tentar amenizar os impactos do movimento.
De acordo com os Correios, o mutirão resultou na entrega de 9,4 milhões de correspondências.
LIMINAR
O sindicato que representa a categoria na Paraíba obteve uma liminar na qual os Correios está proibido de cortar o ponto dos funcionários o que já acontece na folha de pagamento deste mês. A empresa teria de fazer uma nova folha de pagamento, sob multa de R$ 300 mil.
A Fentect orientou que todos os sindicatos entrem com liminares para evitar o corte do ponto referente aos dias de greve.
Pinheiro de Oliveira, presidente dos Correios, afirmou que ações judiciais em outros Estados não foram acatadas e que empresa irá recorrer da liminar da Paraíba.
AF
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