No dia 25 de julho comemora-se o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A deputada estadual Gilma Germano, que preside a Comissão dos Direitos da Mulher e da Igualdade de Oportunidades, usou a tribuna na sessão ordinária desta quarta-feira, 27 de julho, para prestar homenagem a todas as mulheres negras pelo seu dia.
Em seu pronunciamento, no qual ressaltou a dupla discriminação, de gênero e de raça, sofrida por essas mulheres, Gilma Germano evidenciou as razões históricas desta violação: machismo, patriarcalismo e escravidão. A deputada demonstrou ainda os efeitos desta cruel construção social através de pesquisas que retratam a condição da subalternidade reservada a estas mulheres: No que diz respeito à escolaridade, pesquisa realizada em 2008 revela que entre as mulheres negras com 15 anos ou mais, a taxa de analfabetismo é duas vezes maior que entre as brancas.
Para Gilma Germano, muito embora as mulheres, de uma forma geral, tenham alcançado posições importantes no mercado de trabalho, este avanço é muito menor quando se observa o universo negro. Há poucas mulheres negras trabalhando como ministras, executivas, médicas, enfermeiras, juízas.
Vê-se, então, que para as afrodescendentes, o mercado reserva as posições menos qualificadas , os piores salários, a informalidade e o desrespeito. A deputada, todavia, salienta a crescente organização política destas mulheres na luta pela afirmação da sua identidade e pela conquista da cidadania como algo absolutamente importante na reversão deste quadro. Gilma, que está em seu primeiro mandato, mostra que está atenta a todas as questões relacionadas à igualdade de gênero.
Assessoria
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