terça-feira, 9 de novembro de 2010

PMDB muda discurso e defende ação pela cassação de Ricardo Coutinho


Pela primeira vez desde o fim das eleições estaduais de 2010, em que o governador José Maranhão (PMDB) foi derrotado nas urnas pelo ex-prefeito pessoense Ricardo Coutinho (PSB), o presidente estadual do PMDB, Antônio de Souza, falou abertamente sobre a realização de um "3º turno" na Paraíba e sobre a expectativa de que o governador eleito seja cassado. Em entrevista ao programa CBN João Pessoa, o dirigente partidário disse que existem “indícios fortes de capacitação ilícita de sufrágios” por parte do candidato de oposição durante a disputa ao Governo da Paraíba.

Ele explica que a coligação Paraíba Unida, que tinha Maranhão como candidato, abriu uma ação na Polícia Federal para que esta investigasse a origem de um dinheiro que segundo eles seria usado por aliados de Ricardo para a compra de votos, e agora espera que o caso chegue ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba.

“Uma vez que a investigação chegue ao Ministério Público Eleitoral, estamos certos que eles vão oferecer denúncia e pedir a cassação de Ricardo. Porque os indícios são fortíssimos”, destacou, confirmando assim que o PMDB pretende sim brigar mais uma vez na justiça para recuperar o Governo da Paraíba.

Mesmo destacando o “caráter democrático” do partido, Antônio de Souza disse que Ricardo Coutinho tinha abusado de “condutas vedadas ao processo eleitoral” e que era dever da justiça eleitoral “coibir que estes vícios se repitam”.

“Que ele continue no mandato se provar que fez tudo de forma lícita durante as eleições. Mas temos certeza que não conseguirá isto”, frisou.

Depois de recuperar o Governo em 2009, após uma longa batalha judicial contra o então governador Cássio Cunha Lima (PSDB), Maranhão tinha dado a entender que desta vez não haveria uma nova disputa jurídica. Isto porque ele emitiu uma nota oficial no dia das eleições, tão logo o resultado oficial ser divulgado, admitindo a derrota e desejando sorte ao futuro governador. Agora, ele muda de discurso a partir das declarações do presidente peemedebista, que sempre foi seu braço direito na legenda.

Phelipe Caldas - MaisPB

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