quinta-feira, 13 de maio de 2010

Líder do PSDB ignora espólio eleitoral de Cássio e quer a adoção do ficha limpa: doa a quem doer


Regras boas, mas só para os outros: A promessa alardeada por dirigentes partidários e parlamentares de adotar, já nas eleições deste ano, regras de veto do projeto Ficha Limpa vai esbarrar em dificuldades.

Todos se adiantam em dizer que as regras serão adotadas, mas a referência a casos concretos de políticos condenados recentemente, como é o caso de governadores cassados, derruba a anunciada boa intenção dos partidos.

Abordados sobre casos em seus partidos, dirigentes dizem que talvez o caso de seu correligionário não se enquadre na nova regra.

Perguntados sobre o ex-governador tucano Cássio Cunha Lima (PB), cassado pelo TSE e que concorre ao Senado, os tucanos argumentam que é preciso ver a sentença de condenação.

Politicamente, seria complicado negar a legenda ao tucano, mas o líder da bancada na Câmara, João Almeida (BA), afirma que a decisão do PSDB de adotar regras do Ficha Limpa será adotada, doa a quem doer:

“No caso do Cássio, é preciso ver a sentença, e não tenho como responder agora. Mas, se a resolução for baixada, tem que valer para todos, doa a quem doer”, disse.

No PDT, parlamentares reagem quando questionados sobre o que farão com Jackson Lago (MA), cassado pelo TSE:

“Jackson é caso de perseguição política, não é delinquência. É absolutamente diferente. É vítima”, diz o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

Para os petistas, as regras não se aplicam ao deputado Paulo Rocha (PA), que renunciou na época do mensalão.

“Não pode ter efeito retroativo”, afirmou o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP).

Há dúvidas quanto à abrangência do Ficha Limpa e se as regras valeriam para fatos já ocorridos ou só para casos novos.

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