Fazer com que a educação chegasse a todas as camadas sociais, principalmente às pessoas de baixa renda. Esse foi o sonho de um ilustre paraibano Felipe Tiago Gomes, nascido na cidade de Picuí. Ele foi um dos idealizadores da CNEC, a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade, que surgiu em 29 de julho de 1943, em Recife, capital pernambucana, por um grupo de jovens universitários, os quais tinham como líder Felipe Tiago. Na época o grupo comprovou que a escola era apenas para os ricos. Com este pensamento eles começaram a oferecer ensino de graça. Os planos iniciados em Recife foram disseminados pelo Brasil. Hoje, a Campanha Nacional de Escolas da Comunidade, como passou a chamar-se, possui unidades de ensino pelos quatro cantos do país. - Quando fundei a CNEC, na época Campanha do Ginasiano Pobre, não tinha ideia da árvore que estava plantando... Aquilo que parecia um sonho, tornou-se uma floresta imensa, abrigando milhares de brasileiros – revelou Felipe, na época da expansão do projeto.
SAIBA MAIS
Em 1928, foi alfabetizado por sua irmã Francisca, de 1933 a 1935, estudou na Escola Pública de Picuí. Em 1936, ingressou no Colégio Pio XI em Campina Grande, Paraíba. Fundou e presidiu o Grêmio Lítero Cultural Humberto de Campos em Picuí, no ano de 1938. Concluiu o Curso Ginasial no Colégio Pio XI, em 1940, já em 1941 foi para o Ginásio Pernambucano, no Recife e no ano seguinte foi nomeado secretário de Assistência da Casa do Estudante. Fundou a CGP - Campanha do Ginasiano Pobre, no Recife, em 1943, atual CNEC - Campanha Nacional de Escolas da Comunidade. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife em 1944, no ano seguinte foi eleito representante da turma junto ao Diretório da Faculdade de Direito. Em 1946 é nomeado prefeito de Picuí. Foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Pernambuco, em 1947 e fundou o Teatro Universitário de Pernambuco.
Formou-se bacharel em Direito em 1948, dois anos depois tornou-se integrante da Campanha de Erradicação do Analfabetismo no Estado do Rio de Janeiro e organizou o Movimento Popular de Alfabetização em 1951. Foi colaborador do Movimento Cívico Contra o Analfabetismo no estado do Espírito Santo em 1954. Em 1958 foi nomeado diretor do Departamento de Ensino Médio da Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro e em 1960 torna-se membro diretor da Associação Brasileira de Educação. Desde esse ano passou a dedicar-se integralmente ao trabalho para o desenvolvimento da CNEC.
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